Ainda estou aqui estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta feira dia 7 de novembro data simbólica que se Eunice Paiva estivesse viva estaria completando 95 anos e que data e momento oportuno e já sendo ovacionado e com pré venda de ingressos antecipadas ( o que não é comum para filmes brasileiros)
Além disso o filme está fazendo uma belíssima campanha no exterior sendo elogiado pela crítica especializada e sendo eleito pelo voto do juri popular no Brasil e no exterior como melhor filme em pelo menos 4 grandes festivais além de ganhar o prêmio de melhor roteiro no prestigiado e conceituado Festival de Veneza e com grandes e reais chances ao Oscar seja a melhor filme internacional, como para melhor atriz para Fernanda Torres, melhor roteiro adaptado, melhor ator coadjuvante para Selton Mello e melhor edição
Mas o filme de Walter Salles é muito mais do que isso ele está trazendo o público de volta as salas de cinema, um frenesi já sendo o numero 1 em publico e bilheteria em seu primeiro dia nos cinemas e com um orgulho de encher os olhos e que as pessoas sentem que podem dizer em bom e alto som "Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor" o filme ainda nos leva ao senso de coletividade muitos querem vivenciar e ter esse momento juntos em uma sala de cinema, como também de falar sobre ele fora dela e compartilhar sentimentos e emoões que ele nos traz e vai nos trazer
Um filme que nos apresenta os Paiva, Rubens e Eunice e seus 5 filhos Vera, Eliana, Marcelo, Babiu, Nalu que nos conecta com eles com o conviviio deles, com os amigos, com a vida feliz, com fotos vídeos uma casa cheia de vida e memórias afetivas um retrato tão lindo do que os torna tão especiais que faz nós sentirmos carinho, reciprocidade, amor,tristeza
Um filme que toca de uma forma inexplicável mesmo que não seja o melodrama que se espera e isso é fascinante
Faz brotar lágrimas nos olhos e que vão escorrendo do rosto sem percerbemos
Como um filme pode tocar em tão âmago nosso?
Em uma atuação contida mas explêndida de Fernanda Torres que expressa uma grandeza em sua Eunice Paiva que teve que ser lapidada diante das dilacerações que a vida ou melhor uma ditadura militar impôs e que mostrou extrema grndeza não somente para se reerguer mas criar os filhos com dignidade e lutar com bravura para que a memória de Rubens Paiva seu companheiro jamais fosse esquecida
Selton Mello nos faz amar esse pai esse marido e esse homem que foi Rubens Paiva e que a dor da família pela sua perda é compartilhada
Em conversas com amigos e conhecidos da imprensa, na cabine e também fora dela, era unânime dizer que não havia uma atuação ruim dentro do filme dirigido por Walter Salles e que elenco que ele trouxe em torno da história dessa família alguns que podemos citar são. Valentina Herszage, Barbara Luz, Luiza Kosovski ,Guilherme Silveira, Cora Mora , Dan Stubach, Humberto Carrão, Pri , Helena Marjorie Estiano, Maeve Jinkings, Thelmo Fernandes
O roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega é realmente primoroso em adaptar uma obra de um autor tão importante que é Marcelo Rubens Paiva não a toa ganhou o prêmio no Festival de Veneza
Walter Salles é um diretor que sempre nos surpreende na forma de contar as histórias seja em filmes como Central do Brasil, Terra Estrangeira, Diários de Motocicleta e com a sua mais recente joia Ainda estou aqui que traz uma delicadeza que prima pelos não excessos mas que onde menos se é mostrado são os que mais são comoventes e quando em cenas sem ou com pouuíssimos diálogos tocam tão profundamente
Além disso o filme tem uma lindíssima fotografia, direção de arte e uma montagem realmente formidáveis
Fernanda Montenegro com sua masterclass de atuação está em um patamar para poucos dos ilustres brasileiros mais amados e mais admirados do Brasil e do mundo e ela vem em uma pequena participação especial que uns dizem que poderia não ter sido colocada mas a meu ver, mesmo que seja um pequeno excesso de Walter Salles em homenagear duas grandes mulheres brasileiras Eunice Paiva e Fernanda Montenegro nos entrega muito mais do que sonhamos
Ainda estou aqui também é a minha quebra de protocolos diante da cabine de imprensa que ao ver o filme após a sessão tem de expressar poucas reações mas que com um filme desses nnão me contive e aplaudi ao final da sessão e a qual fui seguida por diversas pessoas e novamente outra quebra de protocolo no aguardo da coletiva de imprensa e antes dela começar quando o elenco e equipe do filme chegaram para as fotos no grande mural com o poster do filme a qual eles merecem aplaudi juntamente com algumas pessoas que estavam em volta antes deles irem a caminho da entrada da sala para a coletiva
Ainda estou aqui é muito mais do que o nosso indicado a uma vaga de melhor filme internacional ao Oscar de 2025, Ainda estou aqui é dizer que não devemos esquecer das nossas histórias, das nossas mémórias sejam elas felizes ou tristes e que temos um representante digno que é contemplativo e belo em toda sua forma de ser
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