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CRÍTICA| A NOITE DO DIA 12

A noite do dia 12 filme francês baseado em fatos reais que estreou essa semana nos cinemas pela Pandora Filmes mostra a realidade do lado investigativo e como crimes podem marcar profundamente quem está envolvido

A NOITE DO DIA 12
A NOITE DO DIA 12

Sinopse

Diz-se que todo investigador tem um crime que o persegue, um caso que o machuca mais do que os outros, sem que ele necessariamente saiba o porquê. Para Yohan(Bastien Bouillon), esse caso é o assassinato de Clara.


O filme francês A noite do dia 12 de Dominik Moll mostra uma realidade que muitas vezes não é mostrada em casos de true crime que são mostrados em ficções, que o processo é longo, cansativo, doloroso e que muitas vezes não teremos desfechos por um bom tempo para crimes bárbaros e que isso pode se tornar uma obsessão em busca de respostas


Ainda mais se tratando de caso de feminicídio em que por mais que as relações humanas sejam complexas o fator que poderia ser um indicador da motivação do crime se torna mais torpe

e sem chances de defesa da vítima e que os meios não justificam o ato cruel

O filme é muito bem filmado e já no primeiro ato mostra o crime sendo realizado sem que seja identificado o criminoso, as sequências da pericia e investigação são bem realistas ainda mais contando com os depoimentos dos familiares e amigos e suas descobertas que Clara não esta mais viva

O filme me passou uma sensação maior de realidade com o acontecidos e achei bem pertinente até mesmo os questionamentos dos investigadores e seus paralelos, tentando achar as motivações e os culpados pelos crimes enquanto ainda tem que cuidar de suas vidas e outros afazeres do trabalho e isso também se deve a imersão do diretor junto com a policia de Grenoble além de ser baseado em um dos casos do livro da francesa Pauline Guéna

“Ela conta esse caso de uma jovem que foi incendiada a caminho de casa, e se tornou a obsessão de um dos detetives. Confesso que hesitei pela natureza sórdida do crime, mas após ler algumas páginas, a história começou a me assombrar, como assombra ao investigador.”- diretor Dominik Moll

Nesse sentido, ele explica que uma das questões centrais do longa é a relação entre homens e mulheres, e isso já estava na obra da escritora Guéna após sua experiência e pesquisa em campo com a polícia.

“Não é exatamente um ponto da obra dela, mas o fato de ela ser uma mulher observando homens trabalhando. Isso é um fator que se impôs a nós. E muitos casos são de feminicídio, violência de homens contra mulheres.”- diretor Dominik Moll

Em meio a tantos personagens masculinos, entre policiais e suspeitos, Moll confessa que criar figuras femininas fortes era importantíssimo. Há a Clara, obviamente, a vítima cuja figura marca todo o filme, e também a melhor amiga dela Nanie, interpretada por Pauline Serieys, que leva o filme a outro lugar.”

Não é a toa que o filme tenha sido muito elogiado pela crítica e tenha ganhado diversos prêmios incluído o Cesar conhecido como o Oscar Francês ganhando em 6 categorias incluindo melhor, filme, melhor diretor e melhor ator coadjuvante

O filme vale muito a pena ser visto e recomendo.






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