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Crítica | Meu Casulo de Drywall - "ipsis verbis, esta festa virou um enterro"


Em época de setembro amarelo é notável que um filme com temática teen aborde o assunto de uma forma singular como é o caso de Meu Casulo drywall da diretora Caroline Fioratti que estreia essa semana nos cinemas

Meu casulo de drywall
Meu casulo de drywall

Nesta história adentramos na vida de Virgínia (Bella Piero) que está para fazer sua super festa de 17 anos sem a supervisão dos pais, juntamente com outros convidados entre eles sua melhor amiga Luana (Mari Oliveira) e seu namorado Nicolas (Michel Joelsas) e seu vizinho estranho Gabriel (Daniel Botelho)


Mas o que seria uma celebração mostra se um turbilhão de emoções que estão escondidas nas fachadas de drywall e que o final trágico da jovem leva se aos questionamento das consequências indagações da necessidade de cuidar da saúde mental dos jovens que estão tentando encontrar seu lugar no mundo.

Choque e o que será depois para aqueles que ficam ?!

Meu Casulo de Drywall
Meu Casulo de Drywall

Desde as reações de pais dilacerados pela vida ceifada de sua filha mas de atitudes até então parecendo bem frias mas mais atreladas ao choque e as verdades e consequências que começam a tomar a luz do dia


Um das minhas grandes indagações em relação a trama é como nenhuma pessoa do círculo de Virgínia parece perceber que por trás de uma menina linda e com sonhos ela tinha várias feridas cada vez mais visíveis que o público vê aumentar a medida que o filme transcorre . Mas como Sil (Lena Roque) a empregada da família mesmo diz como que ninguém percebeu que ela estava morrendo


Virgínia estava dando vários sinais de socorro mas em um silêncio sepulcral e vale destacar a boa atuação de Bella Piero como a personagem que era perceptível as suas angústias e que algo não ia bem

Meu Casulo de Drywall
Meu Casulo de Drywall

as diversas câmeras espalhadas pelo condomínio luxuoso e de alto padrão parecem captar muitas coisas mas as atitudes suspeitas de Gabriel fazem com que não sejam totalmente vistas


Maria Luísa Mendonça ótima com uma dilacerada mãe de Virgínia em estado de choque e consternação

Meu Casulo de Drywall
Meu Casulo de Drywall

Mari Oliveira que pra mim já havia ganhado destaque desde que vi sua perfomance em Medusa está muito bem como Luana e parece passar a tristeza pela perda da amiga mas também as complicações em sua vida familiar tendo que ao mesmo tempo ser jovem como a adulta da casa


Caco ciocler que em apenas uma cena que aparece e está totalmente arrebatador como o juiz, pai de Virgínia

Meu Casulo de Drywall
Meu Casulo de Drywall

Michel Jeosas muito bem como Nicolas e sua relação conturbada com o pai e hora tóxica com Virgínia (bem diferente do seu personagem em 13 sentimentos)

Daniel Botelho como Gabriel está bem também mas parece até ser um dos personagens mais complexos e que poderiam ter explorado um pouco mais a sua trama como suas conversas no discord ou suas motivações nas destruições das câmeras no condomínio

mas é perceptivel que os personagens jovens da trama parecem estar em diferentes etapas de uma solidão mesmo que tenham o convívio entre eles parecendo nem se conversar direito e mesmo que pareçam ter tudo ao seu alcance, lembrando que depressao não distingue isso


A direção de Maquiagem do filme ganha destaque principalmente em relação aos machucados dos personagens

Meu Casulo de Drywall
Meu Casulo de Drywall

gostei bastante da direção de Caroline Fioratti que se mostra muito promissora na direção e que teve como inspiração Virgens suicidas de Sofia Coppola

Com as diferentes nuances de seus personagens e os segredos escondidos entre 4 paredes mesmo rodeavas por diversas câmeras

Meu casulo de drywall se mostra bem singular e que prende o telespectador apesar de falhas em alguns pontos da trama apresenta-se de uma forma consisa em abordar um tema tão relevante como a Depressão nos jovens e suas consequências com as emoções em constante ebulição



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