Para quem consume muitas animações ao longo da vida, sabe que esse estilo de filme quando tem seu protagonista um robô, sabe que o que virá pela frente será algo que vai causar impacto, pelo menos os bons filmes obviamente, como Wall-E, Operação Big Hero, Meu Amigo Robô, Gigante de ferro, entre outros. São fáceis de atrair seu público alvo a qual são o público infantil, mas o que esses filmes tem em comum em seus textos sejam eles originais ou adaptadas, são as grandes mensagens reflexivas para o público mais experiente, ou seja, os acompanhantes das crianças, pois um bom filme consegue deixar no subtexto mensagens importantes, para uma experiência ainda melhor na telona.
Quando vi robô selvagem pela primeira vez no cinema, lembro de ter ficado impactado com os elementos visuais e sonoros que o filme apresenta, mesmo não tendo um gigantesco orçamento, mesmo sendo de um estúdio gigantesco, como a DreamWorks Animation. A textura em tela me lembrou muito o Gato de Botas 2, que tem ali traços do filme das animações da Sony do Aranhaverso, técnicas que utilizam o 2D e que também mexem no Frame rate do filme, ou seja, são belíssimos e ajudam a imergirmos ainda mais na narrativa.
Mas quando começou o segundo ato desse filme eu já tive a certeza que estava diante de uma obra que não só merece estar entre as grandes animações do ano, mas com certeza entre as melhores da história, com base em um quadrinho acompanhamos um robô que possui uma inteligência artificial programada para o auxílio as famílias a cuidarem dos seus lares, e ajudarem na criação dos seus filhos, mas devido um acidente foi parar em uma ilha selvagem. Em decorrência desse acontecimento a Robô (Pois sua dublagem original é feita pela atriz Lupita Nyong'o) acaba tendo que conviver com várias espécies de animais e principalmente tendo que lhe dar com situações adversas e ir adaptando-se primeiramente a linguagem dos animais, aqui tanto a verbal como a não verbal, e principalmente em busca do seu propósito, já que como uma máquina ela não possui sentimentos, mas acaba que através das interações, descobrindo seu verdadeiro propósito.
Com um tom fabulesco e narrada a partir de um pano de fundo de amor incondicional materno, a trama conta como esse trabalho de mãe nunca acaba e que ninguém está preparado de verdade para uma missão tão complexa. Hoje facilmente encontramos pessoas que não querem essa experiência, e tudo bem, mas no filme deixa tão claro que não só os pais em linhas gerais, mas o que essa obra nos traz de melhor sem dúvidas é deixar claro que as conexões que criamos nesse mundo são os melhores legados que podemos deixar, saber que nosso impacto na vida ou nas vidas de várias pessoas através do amor, é sem dúvida a melhor experiência que podemos vivenciar.
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