CRÍTICA | TEMPO DE GUERRA (WARFARE)
- Lagoa Nerd
- há 23 horas
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Atualizado: há 22 horas
Eles não imaginavam que escapar de uma emboscada fosse tão laboriosa, intensa, dolorosa e tão violenta.

Tempo de guerra ( warfare) nova produção da A24 e o novo filme do diretor Alex Garland de Guerra Civil que dirige e roteiriza esse novo longa juntamente com Ray Mendoza que foi consultor nas cenas de ação de Guerra Civil e que já está disponivel nos cinemas
Nesse novo longa que é baseado em uma operação real que aconteceu em 2006 na cidade de Ramadi no Iraque e que o próprio Ray Mendoza esteve dentro da operação vemos como a dinâmica vai escalonando para uma tensão cada vez maior e mesmo com soldados treinados ( jovens soldados seals da marinha) tudo parece indicar para um final inesperado e mais trágico
O filme começa com uma música dos anos 80 e um video de jovens mulheres sensuais que deixam toda a tropa empolgada e feliz para que eles fiquem mais relaxados para a próxima missão e atraves dessas cenas que vamos conhecendo os soldados que estarão no centro da trama

Aqui vemos que a produção soube escolher um grupo seleto de jovens talentosos que vem ganhando cada vez mais destaque nas produções alguns dos nomes a serem citados são Joseph Quinn ( Stranger Things, Gladiador 2, um lugar silencioso: o inicio ) Charles Melton ( Segredos de um escândalo, riverdale, O sol também é uma estrela) Kit Connor (heartstopper, robô selvagem, rocketman) Noah centíneo ( para todos os garotos que já amei, adão negro, recruta), Michael Gandolfini (agente oculto, beau tem medo, demolidor renascido ), Cosmo Jarvis (peaky blinders, xogum a gloriosa saga do japão, It Is In Us All), Taylor John Smith ( um lugar bem longe daqui,agente das sombras), Henrique Zaga (Guerra sem regras, depois do universo, queer), D'Pharaoh Woon-A-Tai (Reservation Dogs) e Will Poltier( Dopesick, midsommar, guardiões da galaxia, the bear)
Parte desse grupo invade uma casa nos suburbios da cidade liderados por Erik (Will Poltier) mantendo duas familias iraquianas reféns enquanto observam os arredores, eles se posicionam e se mantem em alerta com seus radios transmissores passando os códigos militares e coordernadas da operação com outros comandos pelo ar e por terra
Elliot Miller aqui interpretado muito bem por Cosmo Jarvis (em uma atuação intensa e por muitas vezes agoniante) é um sniper e que fica mais posicionado sobre uma pilha de colções e com o que parece ser uma metralhadora do tipo ak47 posicionada para a parede que tem um buraco para o lado de fora com retaguarda de Frank1(Taylor John Smith ) enquanto temos os outros soldados como Tommy ( Kit Connor) que está mais alerta por ser novato na operação e é zoado pelos outros pela sua inexperiência e que apesar disso ele se torna de suma importancia mesmo diante dos veteranos
Sam ( outra ótima atuação de Joseph Quinn) é um soldado mais experiente e que parece ser mais respeitado que tem as cenas mais agoniantes juntamente com Cosmo Jarvis
Michael Gandolfini( isso mesmo ele é filho do saudoso James Gandolfini de Os Sopranos) é um soldado chamado de LT Mcdonald que terá destaque mais a frente da trama quando a tensão estará no ápice
Noah Centineo aqui está para mim irreconhecivel ( só descobri que ele tava no filme ao ver os créditos ) com o rosto mais redondo e com um bigode
Já D'Pharaoh Woon-A-Tai faz a personagem do Ray Mendoza que além de veterano de guerra e que estava nessa operação ele também dirige o filme
O filme mergulha na experiência de guerra, com longas sequências, cenários meticulosamente construídos, com uma potência no som e um realismo inacreditáveis
A tensão se intensifica quando em um dado momento de distração eles sofrem uma emboscada que surge através de uma granada jogada para dentro da casa onde eles estão
Elliot fica ferido e Erik liderando o pelotão então recruta o resgate de Elliot através de um carro de combate, só que mesmo a boa estratégia não estava preparada para o que vem a seguir e foi realmente um tremendo de um susto para eles e para as pessoas que assistiam ou vão assistir dentro do cinema o ataque inesperado

Logo depois quando a poeira baixa vemos os danos excruciantes de um segundo ataque agora mais dilacerante e muito mais agoniante ( vide as intensas atuações de Cosmo Jarvis e Joseph Quinn) para o pelotão e agora é correr contra o tempo e também para que eles não sejam exterminados
Aqui uma salva de palmas para a equipe de maquiagem e direção de arte do longa que fizeram um excelente trabalho nos soldados feridos que deixou as cenas altamente realísticas e que dão muita aflição
A partir desse ponto da trama se torna uma experiência mais intensa de como são as operações de guerra com uma tensão cada vez mais latente e que vai escalonando quando a ajuda demora a chegar ou é negada inicialmente
Aqui nem mesmo os mais experientes escapam do choque mental e físico que os penetram com potência
Em dados momentos são os novatos que tem que segurar as pontas e fazer os outros destravem já que é notado o quão abalados eles ficaram com toda a situação que não conseguem nem fazer eles pensarem ou agirem direito
Aqui fica muito interessante também como é colocado as transmissões de rádio mesmo usando os códigos militares e muito palpável o desespero do pelotão
Quando a ajuda veem pelo ar em caças enorme com sua força potente a sala toda treme com seus rasantes (e se for nas salas com Dolby atmos, 4dx, xd ai que parece que você tá lá na cena)
A batalha se torna mais intensa e quando então outro pelotão vem ao socorro eles terão qie unir as forças e também saber seus limites até mesmo de liderança
Aqui vemos então a presença de Charles Melton como Jake líder do outro pelotão que tem que guiar não somente o seu pelotão mas o primeiro que sofreu a emboscada e está totalmente traumatizado
Vemos até as encenações de vídeos aéreos visto por caças e também por câmeras infravermelhos
Apesar de achar o filme ótimo para mim ele não tem a mesma potência de guerra civil visto que apesar de Alex Garland ser um dos diretores e roteiristas quem comanda mais aqui é Ray Mendoza o que acaba pesando em algumas cenas que poderiam ser bem mais trabalhadas

A montagem do filme é bem trabalhada já a fotografia é mediana e chega a lembrar os jogos do call of duty ou o filme falcão negro em perigo
A impressão que mesmo os guerrelheiros iraquianos sendo em menor número frente a força dos soldados americanos eles estão quase para derrotar esse esquadrão de seals a estratégia deles parece ser melhor atacando todas as frentes (praticamente uma derrota para os seals ja que eles foram quase massacrados se não tivessem usados os tanques e os caças)
O filme é interessante e um resgate das memórias dos soldados que estiveram nessas operações e como todos tem que lutar em conjunto que a missão seja salva
Fator plus aqui que ao final do filme vemos os soldados do pelotão se reunindo e também que o filme foi feito para homenagear o soldado Elliot Miller que impressiona como ele conseguiu sobreviver
Nem todos os soldados tem seus rostos mostrados quando comparados com os atores que os fizeram no filme
Escrito e dirigido por: Ray Mendoza e Alex Garland
Produzido por: Andrew Macdonald, Allon Reich, Matthew Penrey-Davey, Peter Davis
Distribuição: A24
Direção de fotografia: David J. Thompson
Design de produção: Mark Digby
Edição: Fin Oates
Design de figurino: Neil Murphy
Design de áudio: Glenn Freemantle, MPSE
Casting: Kharmel Cochrane
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