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Diretor Flávio Ermírio se destaca em premiações internacionais

“A Casa da Árvore”, seu primeiro longa, percorreu prêmios em Nova Iorque, Los Angeles e foi exibido no Mercado de Cannes 2024

Flávio Ermírio em Nova Iorque - Foto: Acervo pessoal
Flávio Ermírio em Nova Iorque - Foto: Acervo pessoal

Apesar de jovem, Flávio Ermírio, de 34 anos, já possui uma década de experiência no Teatro e no Cinema, meios que encontrou o equilíbrio entre o amor pela literatura, as artes visuais e pela dramaturgia. Esse movimento resultou no sucesso entre os críticos e premiações internacionais pelo seu primeiro longa, “A Casa da Árvore”. Guiado pela vontade em aceitar novos desafios, Flávio vem recebendo prestígio após ter o filme premiado e ser o único diretor brasileiro no Chelsea Film Festival de Nova Iorque, realizado em outubro de 2023.


Na ocasião, a obra conquistou a categoria “Melhor Atriz”. Em 2024, o filme de Ermírio se destacou no Showcase Blood Window do Marché du Film, em Cannes. O longa fez parte da seleção ao lado de outros seis filmes latino-americanos, nos quais foram exibidos trailers de 7 minutos de duração e os diretores fizeram breves comentários.

O desejo por mudanças sociais e seu estilo característico garantiram ao diretor e roteirista destaque no setor.

O brasileiro teve também seu filme exibido em premiações nos Estados Unidos. Em Los Angeles, concorreu na categoria “Melhor Longa-Metragem” no LABRFF (Los Angeles Brazilian Film Festival), premiação que aconteceu em outubro de 2023 na capital californiana e reuniu os principais destaques da indústria do cinema do ano, com grandes produções como “O Sequestro do Vôo 375” e “Nosso Sonho”.


Durante a pandemia do Covid-19, Flávio teve a produção de uma de suas peças de teatro cancelada. Com o sentimento de frustração, reuniu um grupo de amigos atores e cineastas e idealizou o atual projeto; assim iniciou “A Casa da Árvore”, filme com orçamento abaixo do esperado para um longa-metragem (US$ 40 mil).


O filme conta a história de Dora, uma bióloga de 45 anos, que vive em uma casa isolada no meio da floresta e lidera uma pesquisa eticamente questionável.

“A forma de conduzir a história tem um ritmo, uma estética de atuação e uma trilha sonora que também ajudam a construir essa narrativa”, comenta Flávio.

Depois do término das gravações e edições em 2022, o projeto venceu um edital de finalização da SPcine e ganhou visibilidade de profissionais de cinema, inclusive a A2 Filmes, empresa responsável pela distribuição do filme.


Consequentemente, com as indicações aos festivais internacionais, Flávio se sente realizado: “O mundo do cinema é muito duro de entrar. O Chelsea e o LABRIF são festivais conhecidos e super sérios que vão abrir portas para muita conexão, tem uma chancela na qualidade do filme. Agora tenho certeza que todo esforço valeu a pena”, enfatiza.


Quando tudo começou


O início da carreira de Flávio se deu após a escrita de contos e a participação em diversas oficinas de Escrita Criativa. Pouco tempo depois, o diretor conheceu diversos grupos de teatros em São Paulo com atores ambiciosos na procura de textos para serem roteirizados. Foi então que em 2013, Flávio decidiu abrir sua primeira produtora, chamada Operahaus, na capital paulista. Nela, Ermírio retribuiu as oportunidades obtidas nos cursos livres e disponibilizou também estudos cinematográficos, como a introdução básica ao cinema. Já em 2014, o diretor se mudou para Nova Iorque para concluir o curso de roteiro para televisão e cinema pela New York University.


Com influências de diretores estadunidenses renomados como David Fincher até referências nacionais como Marcelo Gomes, Sérgio Machado e Anna Muylaert, Flávio destaca o impacto dos cineastas e enfatiza a perspectiva de mudança e impacto social que a dramaturgia proporciona, características presentes e visíveis nas suas obras, como os curtas “Todo Coração”, “Culto Pessoal” e “Impenetrável”:

“Eu sempre trabalhei com a ideia de cinema de impacto. São obras de ficção que dialogam com algum tema social, que tenha alguma preocupação em diminuir a desigualdade e fazer provocações sociais”, finaliza.

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