Com 17 filmes de 9 países, a Mostra inclui títulos premiados em Berlim e Veneza
A Première Latina, uma das mostras mais longevas da programação do Festival do Rio, vai exibir 17 longa-metragens representando os países Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá, Peru e Uruguai. As produções selecionadas abordam questões sociais, políticas e existenciais que refletem a diversidade cultural e histórica de cada região retratada. A Première Latina existe desde a segunda edição do Festival do Rio, realizada no ano 2000, e visa promover a aproximação cultural entre os povos latino-americanos.
A seleção da Première Latina inclui longas premiados nos principais festivais do mundo, como Memórias de um Corpo Ardente (Memorias de un Cuerpo que Arde), de Antonella Sudasassi Funiss, vencedor do Prêmio do Público na mostra Panorama do Festival de Berlim 2024 e que foi escolhido para representar a Costa Rica na disputa por uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional em 2025.
Outros destaques exibidos na Berlinale 2024 são: Rainhas (Reinas), coprodução Peru-Suíça com direção de Klaudia Reynicke, vencedor do Prêmio de Melhor Filme na mostra Generation Kplus da Berlinale; o longa peruano-chileno Raiz, de Franco García Becerra, que recebeu uma menção honrosa também em Berlim; e a comédia dramática Dormir de Olhos Abertos, de Nele Wohlatz, coprodução Brasil-Argentina-Alemanha-Taiwan, que conquistou o prêmio FIPRESCI de melhor filme da mostra Encounters.
Do Festival de Veneza, a mostra traz para o Rio de Janeiro Alma do deserto (Alma del Desierto), de Monica Taboada Tapia, vencedor do Queer Lion em Veneza 2024. Já Matem o Jóquei! (El Jockey), de Luis Ortega, competiu pelo Leão de Ouro, em Veneza, e pelo Queer Lion na Biennale, onde recebeu uma Menção Especial no Prêmio Cinema Sarà e venceu o Edipo Re Award. O longa-metragem segue sua trajetória por festivais e também participou das seleções oficiais dos festivais de Toronto e San Sebastian.
Os Sonhos de Pepe (Los Sueños de Pepe – Movimiento 2052) é a primeira parte de uma trilogia sobre Pepe Mujica. Dirigido por Pablo Trobo, o documentário acompanha 12 anos da trajetória do ex-presidente uruguaio, e destaca sua visão humanista e sustentável que serve de alerta num mundo à beira do colapso climático.
A seleção deste ano inclui dois representantes do Chile na disputa para uma vaga no Oscar de melhor filme internacional: No Lugar da Outra (El Lugar de la Otra), de Maite Alberdi, foi o escolhido para 2025. E em 2023, o país escolheu O Castigo, de Matías Bize, na corrida pela nomeação ao Oscar.
Da Colômbia, participa da Première Latina o filme de ação Pimpinero – Sangue e Gasolina, de Andrés Baiz. Do México, o documentário Estado de Silêncio, de Santiago Maza. E da Argentina, são três títulos: Vera e o Prazer dos Outros (Vera y el Placer de los Otros) de Romina Tamburello e Federico Actis; O homem que amava OVNIs (El Hombre que Amaba los Platos Voladores) de Diego Lerman; e En Vos Confío, de Augustín Toscano.
Coproduções internacionais completam a lista: O Aroma do Pasto Recém Cortado (El Aroma del Pasto Recién Cortado), de Celina Murga; O Castigo (El Castigo), de Matias Bize Querido Trópico, de Ana Endara Misov; e El Ladrón de Perros, de Vinko Tomicic.
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