Longa teve sua estreia no festival de Toronto no ano passado, mas com dificuldades de conseguir distribuição, ficou com seu lançamento apenas para este ano, Kate Winslet uma das grandes atrizes da indústria leu a obra As vidas de Lee Miller, que originou essa adaptação e enviou para alguns estúdios e diretores para realizar a produção desse filme.
Depois do sinal verde, deram início às gravações, onde esbarraram num orçamento limitadíssimo, do qual a própria atriz tirou dinheiro do bolso para custear o salário da equipe, a fim de tirar o projeto do papel de qualquer custo. Sendo assim, após finalizado, conseguiu algumas parcerias e teve seu filme lançado em festivais, mas com as primeiras impressões e reações mornas, o que dificultou bastante a produção de conseguir distribuição para lançamento nos cinemas.
No filme conhecemos a história de Lee, uma modelo e fotografa que vivia em Londres no período da 2 guerra mundial, da qual trabalhava para uma importante revista de moda, e tinha uma vida bastante boemia, onde frequentava os mais diversos círculos de artistas, entre outras figuras importantes daquela época, principalmente com os franceses. Porém, durante a explosão da guerra, Lee, como é uma americana, consegue visto para se alistar e ir para a linha de frente da guerra para fazer registros das maiores atrocidades da história humana cometida pelos nazistas.
O longa conta com a estreia na direção de Ellen Kuras, uma diretora de fotografia, que teve seu trabalho mais notável no filme "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", no qual trabalhou com Kate Winslet. Aqui notamos muito do aproveitamento da estrela como o centro de toda narrativa, os personagens secundários sempre vêm e vão, e poucos são pouco aproveitados, ou deixam impactos marcantes no filme - ou seja, temos aqui um verdadeiro "Oscar Bait" termo utilizado para produção que visa as principais premiações da indústria cinematográfica, seja ela qual for, aqui claramente para destacar a atuação da Kate como Lee.
Lee é um filme de drama/biográfico com pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, mas devido ao limitado custo de produção, infelizmente se faz gritante em tela e devido esse problema eu tive alguns problemas de conexão com o filme como, por exemplo, o design de produção e figurino fraquíssimos, por isso o excesso de planos fechados nos momentos de combate, e raras as passagens nas trincheiras, pois como o filme não tinha dinheiro para contratar muitos figurantes, e nem mostrar muitos detalhes dos cenários, o filme foca mais nas reações de Lee durante seus registros, o que é uma pena já que vemos pouquíssimos filmes com perspectivas femininas durante esse período, temos algumas como A Escolha de Sofia, mas esse foca mais no romance.
Uma pena a importante história de Lee não ter tido um reconhecimento e um investimento maior à altura do seu feito e legado para o jornalismo britânico e principalmente para as mulheres, espero que com o lançamento do filme pelo menos incentive pessoas a pesquisarem mais sobre o seu legado, e que o livro escrito pelo seu filho a obra base desse projeto, venha ser revisitado e tenha boas vendas.
Comments