O mestre e doutor em História Barry Strauss constrói uma narrativa repleta de intrigas, espionagem, casamentos políticos, fofocas, evidenciando que as lutas mais decisivas são travadas fora do campo de batalha
“Uma mulher e dois homens rivais tinham em suas mãos o destino do mundo Mediterrâneo. A mulher, acompanhada por suas serviçais, era uma das mais famosas rainhas da história: Cleópatra.”- Barry Strauss
Após o assassinato de César, dois homens poderosos permaneceram em Roma: Marco Antônio, aliado de César, e o filho adotivo do falecido déspota, o jovem Otaviano. Mas ao se apaixonar por Cleópatra – a mulher mais poderosa do mundo –, Marco Antônio frustrou as ambições de Otaviano, o que foi o estopim para eclodir uma guerra civil. Em 31 a.C., ocorre a Batalha de Ácio, uma das maiores batalhas navais do mundo antigo e que modificou os rumos da história. Em A guerra que criou o Império Romano, o mestre e doutor em História Barry Strauss explora este conflito e explica como ele foi decisivo para a trajetória da humanidade.
A obra recria em detalhes os seis meses de batalha em Ácio. Segundo Strauss, o conflito entre Marco Antônio e Otaviano envolveu diplomacia, guerra de informações – desde propaganda até o que hoje chamamos de fake news –, competição econômica e financeira, assim como todas as emoções humanas, com destaque para amor, ódio e ciúmes. Para o historiador, Ácio foi o evento decisivo e suas consequências foram enormes. Se Antônio e Cleópatra tivessem vencido, o centro de gravidade do Império Romano teria se deslocado para o Oriente, já que a capital romana poderia ter sido transferida para Alexandria, a cidade da rainha egípcia, e o latim seria substituído pelo grego – falado por todo o Mediterrâneo oriental – como a principal língua do império.
A narrativa ainda acompanha a primeira reconstrução do ponto de virada da guerra: um embate que teve lugar cerca de seis meses antes de Ácio. “Estas páginas reconstituem os detalhes operacionais do ousado ataque anfíbio de Agripa à retaguarda de Antônio, que causou um choque no inimigo e subverteu suas expectativas. Um confronto aberto sempre captura a imaginação do mundo, mas, na história da guerra, com frequência são as táticas não convencionais, executadas de surpresa, que fazem diferença.”, explica Strauss.
De um lado, Otaviano, apoiado por sua irmã Otávia e o talentoso general Agripa; do outro, Marco Antônio e Cleópatra. Em A guerra que criou o Império Romano, Barry Strauss descreve as intrigas, disputas, alianças e rivalidades por trás desta batalha crucial, evidenciando como uma mulher e dois homens rivais tinham o destino do Mediterrâneo – e, consequentemente, do mundo – nas palmas das próprias mãos.
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FICHA TÉCNICA
Título: A guerra que criou o Império Romano
Autor: Barry Strauss
Tradução: Gil Reyes
Revisão técnica: Pedro Peixoto
ISBN: 978-85-422-2993-6
Páginas: 368 p.
Preço livro físico: R$104,90
Selo Crítica, Editora Planeta
SOBRE O AUTOR
William MacAskill é professor associado de Filosofia na Universidade de Oxford. Na época de sua nomeação, era o professor associado de Filosofia mais jovem do mundo. Empreendedor social listado na Forbes 30 Under 30, ele também cofundou as organizações sem fins lucrativos como Giving What We Can,Centre for Effective Altruism e o 80,000 Hours, apoiado pelo Y Combinator, que, juntos, direcionaram mais de 200 milhões de dólares para instituições de caridade. Atualmente, vive em Oxford, Inglaterra.
SOBRE O SELO CRÍTICA
Lançado na Espanha em 1976 e presente no Brasil desde 2016, o selo é referência em títulos de alta qualidade nas áreas de história, ensaios e divulgação científica. Com autores de renome internacional, como Niall Ferguson, Mary Beard e Noam Chomsky, também publica algumas das vozes mais influentes do pensamento brasileiro, incluindo Carlos Fico, Pedro Rossi, Tatiana Rossi e Marco Antonio Villa. Uma marca que combina excelência acadêmica com acessibilidade, trazendo ao público obras que informam, provocam e inspiram.
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