Após grande sucesso com seu último longa, (A Favorita, 2018), o cineasta mostra o motivo de que a cada novo projeto, se crie grandes expectativas. Com traços bastante autorais e com muita personalidade no seu modo de contar história, Yorgos traz para as telas a adaptação do livro de mesmo nome, escrito por (Alasdair Gray) e publicado em 1992. O Filme concorre nas principais categorias do Oscar da temporada, ficaremos de olho, pois existem grandes chances de vitória em algumas delas.
Trata-se de uma obra bem peculiar e com ponderação feminista, que explora de forma extravagante durante cinco capítulos, de acordo o desenvolvimento da mente de Bella Baxter (Emma Stone) com seu corpo amadurecido. À medida que conhecemos essa fábula bem inspirada em Frankstein. Temos os personagens de God (Willem Dafoe) seu Pai e Criador, o de Max MacCandles (Ramy Youssef) um aprendiz do Dr. God que vai morar na casa do Dr. para ajudá-lo a estudar essa experiencia que acabara de nascer. E por fim conhecemos o personagem Duncan Wedder (Mark Ruffalo) que vive um advogado fanfarrão, e bastante malicioso.
Durante mais de 2h de filme acompanhamos essa fabula, das mais diversas maneiras e estruturas, é um filme com um excelente ritmo, pois no início ainda temos ali um certo mistério, para sabermos como Bella nasceu e se tornou essa experiencia bem bizarra, qual a sua história e o seu passado. Com um Design de Produção estupendo, figurinos que saltam os olhos de tão exuberante, e uma fotografia com as clássicas e já bem notadas características de seu diretor, com uso bem esperto e seguro da grande angular e de uma lente olho de peixe para nos causar variadas sensações e nos conectarmos ainda mais com a história sendo contada em tela.
Poderia estar enumerando muitas qualidades dessa longa, como a fotografia que acerta demais nos contrastes do preto e branco e quando o longa assume cor, e ainda não teria peso o suficiente, pois se tem algo aqui que realmente é extraordinário, é a atuação de Emma Stone como Bella. Aqui na melhor desempenho de sua carreira, na minha opinião, a atriz brilha e carrega o longa com todo seu talento. Seja em cenas que exigem mais o corporal, o seu vocal ali no início, onde continua aprendendo a formação das palavras, são camadas bem difíceis para se colocar em uma atuação, já que sua personagem passa por várias fases, seja ela descobertas Filosóficas, Sexuais, Políticas, Morais, etc.
Pobres Criaturas tem inúmeros acertos e merece, sim, estar sendo um destaque nas premiações, e o mais importante estar trazendo discussões completamente relevantes. Yorgos traz uma fábula de horror, com muita acidez e competência única, mostrando que ainda tem muito do seu talento para ser mostrado na indústria. É uma pedida inusitada, estranha e uma experiência bem bizarra, mas muito necessária. Sem duvidas um dos grandes concorrentes na premiação do Oscar dessa temporada que ocorre neste domingo 10/03/24.
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