Documentário de Sérgio Machado, sobre a amizade de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, já recebeu prêmios no Festival do Rio e Mostra SP, e acaba de ser escolhido pelo público como o Melhor Longa da Mostra de Cinema de Tiradentes
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"3 Obás de Xangô", documentário de Sérgio Machado sobre a amizade de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, acaba de ter sua data de estreia revelada: 24 de abril. O filme, que acaba de receber o prêmio de Melhor Longa segundo o Júri Popular, na Mostra de Cinema de Tiradentes, chega aos cinemas brasileiros após conquistar também o Troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem Documentário, no Festival do Rio, e o Prêmio do Público de Melhor Documentário Brasileiro, na Mostra SP. A distribuição é da Gullane.
“A história dos Obás de Xangô é de luta e resistência, mas também de entendimento e compreensão do outro. Talvez por isso o longa tenha tocado de forma tão intensa as pessoas,” declarou Sérgio Machado sobre a recepção do filme. “Mais do que os troféus, nos impressionou a reação do público, muito semelhante em todos os lugares, com direito a choro e risadas,” conta.
Com narração de Lázaro Ramos, "3 Obás de Xangô" oferece um olhar íntimo e poético sobre a amizade e conexão cultural de três grandes ícones brasileiros – Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé – e suas contribuições para a construção de uma identidade baiana que transcende gerações. O longa revela como esses artistas, elevados ao título de Obás de Xangô pela lendária Mãe Senhora, do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, documentaram a vida baiana em suas obras. Para eles, o orgulho de carregar esse título era inseparável da missão de documentar a vida cotidiana, as cores e os ritmos das ruas de Salvador. Era dessa vivência que suas obras se alimentavam: os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas de Carybé não só retratavam a cidade, mas ajudavam a definir o que significa ser baiano.
“Acho que a cumplicidade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé e a relação de amor entre os três e as religiões de matriz africana apontam na direção de algo que tem feito falta para todos nós nos dias duros que vivemos. O filme, de maneira leve e despretensiosa, aponta para uma utopia ainda possível,” reflete Sérgio Machado.
Com uma narrativa que celebra a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres e a presença constante do mar. "3 Obás de Xangô" não é apenas uma homenagem, mas uma imersão na amizade e no legado de três homens que transformaram o jeito de ver e sentir a Bahia.
Produzido por Diogo Dahl, através da Coqueirão Pictures, e Claudia Lima, "3 Obás de Xangô" é uma coprodução da Janela do Mundo, Globo Filmes e GloboNews, e contou com o patrocínio da Global Participações em Energia.
SINOPSE
"3 Obás de Xangô" gira em torno da amizade incondicional de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, artistas que foram os maiores responsáveis pela criação de um imaginário de baianidade que persiste até os dias de hoje. Os três defendiam que a força de suas obras residia em documentar o que viam nas ruas: a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres, a onipresença do mar. Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas e esculturas de Carybé consolidaram ‘um modo de estar no mundo’ dos baianos e influenciaram as gerações de artistas que vieram a partir deles.
FICHA TÉCNICA
Direção: Sérgio Machado
Roteiro: Sérgio Machado, Gabriel Meyohas, Joselia Aguiar e André Finotti
Produtora: Coqueirão Pictures
Coprodutoras: Janela do Mundo, Globo Filmes e GloboNews
Produção: Diogo Dahl e Claudia Lima
Produção executiva: Maria Fernanda Miguel
Direção de fotografia: Toca Seabra
Montagem: André Finotti
Som: Priscila Alves e Dudoo Caribe
Com a participação de: Jorge Amado, Dorival Caymmi, Carybé, Camafeu de Oxóssi, Mãe Stella de Oxóssi, Gilberto Gil, Muniz Sodré, Gildeci Leite, Balbino Daniel de Paula, Ayrson Heráclito, Tiganá Santana, Maria Lúcia de Santana Neves, Solange Bernabó, Paloma Amado, Lázaro Ramos, João Jorge, Itamar Vieira Jr., Goli Guerreiro, Dori Caymmi, Danilo Caymmi.
Patrocinador: Global Participações em Energia
SÉRGIO MACHADO - DIRETOR
Sérgio Machado nasceu em Salvador e trabalhou durante anos com Walter Salles. Foi assistente de direção de “Central do Brasil” e roteirista de “Abril Despedaçado” e de “Madame Satã”, de Karim Aïnouz. Dirigiu o documentário “Onde a Terra Acaba”, sobre o cineasta Mário Peixoto – vencedor em 15 festivais, dentre os quais Biarritz, Havana e Rio.
“Cidade Baixa”, seu primeiro longa de ficção, foi lançado no Festival de Cannes e ganhou mais de 30 prêmios, entre eles: o Prêmio da Juventude, em Cannes, e os prêmios principais dos Festivais do Rio, Huelva, Verona, Mons. Dirigiu e roteirizou, em parceria com Aïnouz, a série “Alice”. Adaptou para as telas “Quincas Berro D’Água”, uma das mais populares novelas de Jorge Amado. Dirigiu “Tudo que Aprendemos Juntos”, longa de encerramento do Festival de Locarno.
Dirigiu “A Luta do Século”, melhor documentário no Festival do Rio em 2016. Foi diretor e roteirista da série “Irmãos Freitas”. Dirigiu o documentário “Neojiba”, "Música que Transforma" e o premiado longa "Rio do Desejo", inspirado num conto de Milton Hatoum.
Foi roteirista da série “Cidade de Deus - A Luta Não Para”, lançada em 2024 na Max. No mesmo ano, levou para os cinemas “Arca de Noé”, animação brasileira inspirada nos poemas de Vinicius de Moraes, codirigida com Alois de Leo, e lançou no Canal Curta o documentário musical, “A Bahia me Fez Assim”. Em 2025, leva para o Disney+ “Maria e o Cangaço”, série que escreveu e dirigiu.
COQUEIRÃO PICTURES - PRODUTORA
A Coqueirão Pictures é uma produtora do Rio de Janeiro. Entre suas principais produções estão “Cinema Novo” (Melhor Documentário Festival de Cannes 2016), “O Brasil de Darcy Ribeiro” (Melhor Série Doc Prêmio TAL 2015), a realidade virtual “Na Pele” (IDFA 2020 e SXSW 2021) e a ficção “Mundo Novo” (Melhor Atriz e Melhor Roteiro Festival do Rio 2021). Em 2024, a Coqueirão lançou o drama “A Festa de Léo” (Menção Honrosa e Melhor Atriz Festin 2024; Festival do Rio Première Brasil 2023; Mostra SP 2023; Mostra Tiradentes 2024), em coprodução com o Nós do Morro e a Globo Filmes, e a série How “To Be a Carioca” (Star+), dirigida por Carlos Saldanha e estrelando Seu Jorge. Em 2025, lançou “O Menino D’olho D’água”, dirigido por Lírio Ferreira e Carolina Sá, sobre o músico Hermeto Pascoal, e se prepara para a estreia do documentário “3 Obás de Xangô”, dirigido por Sérgio Machado, em coprodução com a Globo Filmes e Janela do Mundo, sobre a amizade de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé.
GLOBO FILMES E GLOBONEWS – COPRODUTORAS
Globo Filmes e GloboNews assinam juntas a coprodução de mais de 100 documentários. São projetos artisticamente contundentes, diversos, atuais e que geram debates essenciais para a sociedade brasileira. Com linguagens e olhares que atravessam tempos e fronteiras, a parceria já alcançou mais de 15 milhões de pessoas em audiência e esteve em mais de 300 festivais no Brasil e no mundo, como Cannes, Hot Docs e IDFA, maior festival de documentários do mundo. E ganhou prêmios em Veneza, na Berlinale e no É Tudo Verdade (ÉTV), maior festival de docs do Brasil, que habilita o filme vencedor para o Oscar.
Alguns destaques: "Sinfonia de um Homem Comum", de José Joffily (único brasileiro na mostra Frontlight do IDFA 2022, exibido no Hot Docs e Menção Honrosa do ÉTV 2022); "Marinheiro das Montanhas", Karim Aïnouz (aplaudido de pé por 15 minutos no Festival de Cannes 2021); "Espero tua (Re)volta", de Eliza Capai (vencedor de dois prêmios no Festival de Berlim 2019); “Menino 23”, de Belisário Franca (pré-lista do Oscar 2017); “Babenco - Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz (Melhor Documentário sobre cinema da Venice Classics no Festival de Veneza 2019); “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor ÉTV 2020); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do ÉTV 2019).
JANELA DO MUNDO – COPRODUTORA
A Janela do Mundo desenvolve conteúdos artísticos e culturais de impacto com abordagem e distribuição em diversos mercados. Criada em 2007, a empresa acumula experiências em diferentes linguagens. Para o audiovisual, produziu o documentário “Neojiba - Música que Transforma” (Sergio Machado e George Walker Torres), em exibição na Netflix e vencedor de prêmios no Panorama Internacional de Cinema e no Festival IN-EDIT Brasil, além de participar do Toronto Black Film Festival e do Inffinito Film Festival. Em 2022 lançou o curta “Manifestação: Carnaval do Invisível”, uma parceria com o BaianaSystem para a Amazon Music, em 2023, a websérie “Afros e Afoxés: A Revolução do Tambor”, e, em 2024, “A Bahia me Fez Assim” (Sergio Machado), em coprodução com o Canal Curta!. Entre os projetos em desenvolvimento estão “As Travessias de Letieres Leite” (Day Sena e Iris de Oliveira); e “Formiga” (Taís Amordivino), uma coprodução com a HBO.
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