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Foto do escritorLagoa Nerd

SOL DE INVERNO TRAZ UM OLHAR DELICADO E POUCO CONVENCIONAL PARA O ESPORTE NO CINEMA

História sobre acolhimento e descoberta, longa do diretor Hiroshi Okuyama chega aos cinemas em 16 de janeiro


SOL DE INVERNO, novo filme do diretor japonês Hiroshi Okuyama, chega aos cinemas brasileiros em 16 de janeiro, depois de passar por festivais no mundo inteiro. Considerado pelo Hollywood Reporter “uma joia escondida” do Festival de Cannes, o longa narra uma história doce sobre acolhimento e descoberta que marca a vida dos três protagonistas de forma significativa e permanente. E tudo começa em um ringue de patinação no gelo em uma cidade no interior do Japão, onde o pequeno Takuya (Keitatsu Koshiyama) vê pela primeira vez Sakura (Kiara Takanashi) praticando patinação artística


Inspirado pela música "Boku no Ohisama" ("My Sunshine"), da dupla folk Humbert Humbert, Okuyama coloca o esporte no centro de SOL DE INVERNO, mas de uma forma pouco convencional. Diferentemente do que é tradição no cinema, a prática esportiva aqui tem pouco a ver com uma ideia de superação ou com uma batalha violenta do atleta contra si mesmo. Na verdade, o cineasta escolhe um caminho mais gentil e traz a patinação artística como o motivo para que os dois atletas em formação e seu treinador Hisashi Arakawa (Sôsuke Ikematsu) formem uma adorável amizade para, aí sim, encarar seus obstáculos pessoais.

“Queria evitar desenvolver uma trama típica de filmes de esporte e cair no tropo clássico do ‘professor espartano e seu pupilo que tem dificuldade para estar à altura’”, explica Okuyama, que também admite ter se inspirado em um professor da sua infância para criar a figura do treinador vivido por Ikematsu.

“Quando criança, aprendi a patinar com um treinador muito gentil. Era mais fácil me manter fiel à imagem que eu conhecia”, afirmou. “Ao mesmo tempo, o treinador Arakawa é um personagem que escrevi para Sōsuke Ikematsu. Pensando sobre o personagem que combinaria com ele, naturalmente cheguei nesse homem empático e carinhoso com crianças, que também carrega uma forma de resignação em relação à vida, atrelado a um sentimento de rejeição pela sociedade.”

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