Quando anunciado pela Paramount que esse novo projeto de Transformers seria uma animação (após mais uma baixa bilheteria em seu último live-action) imaginamos que seria mais uma tentativa de explorar novos públicos para dar um respiro à franquia iniciada por Michael Bay nos anos 2000 - mas percebi que além de focar em trazer um público mais infantil, esse novo projeto tomou um novo caminho, que foi contar uma história que não necessite ter ligações e conexões com às obras antecessoras, mas que realmente contasse uma boa história.
O escolhido para comandar esse projeto foi o cineasta Josh Colley que foi roteirista de Divertidamente e dirigiu Toy Story 4, ou seja, alguém com experiência no ramo e trabalhou em grandes sucessos da Pixar, assim o projeto foi moldado e dado início, que conta com um elenco cheio de estrelas da indústria para a dublagem original - nomes como Scarlett Johansson, Chris Hemsworth e Brian Tyree Henry encabeçam o projeto.
A trama nos leva para o planeta Cyberton e conta a história de Orion Pax e D-16 (Que serão no futuro Optimus Prime e Megatron) que são amigos mineradores que tem grandes ambições, não apenas servir como exploradores da fonte vital de energia do planeta, mas se tornarem grandes guerreiros, assim como aqueles que os inspiram, porém, como eles não possuem as engrenagens de transformações, ambos participam por acaso de uma descoberta de segredos por trás dos líderes locais e terão que juntos de outros personagens irem em busca da verdade e ajudar a salvar seu planeta que está em guerra com a raça Quintessons.
A franquia iniciada por Michael Bay, sempre teve como principal força de sua narrativa a construção de grandes cenas de ação, como muitas explosões e destruição urbana, nesse novo projeto de transformes por ser uma animação, percebi que os realizadores tentaram explorar uma vertente mais pé no chão, sim, tem grandes cenas de ação, mas em menor escala, o filme tem um generoso orçamento como os filmes da Pixar, na qual Josh Cooley teve acesso em seus projetos passados, mas ainda assim consegue explorar muito bem a ambientação do planeta Cybertron e criar uma trama bastante envolvente, mesmo que com um desfecho previsível devido o futuro dos personagens - mas acompanhar essa evolução foi um prato cheio. O caminho da animação me pareceu bastante certeiro e a escolha de uma história de origem veio em bom momento para fortalecer vínculos com os fãs que acompanham essas aventuras pelo menos duas décadas, mas uma maneira ótima de criar uma nova audiência.
Transformers: O início, acerta precisamente em vários aspectos visuais, com um roteiro bastante redondo acrescentado por uma boa trilha, creio que é um bom respiro para os live-action, e uma nova maneira de acompanhar esses alienígenas que amamos acompanhar nos cinemas.
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