No início da Netflix, a companhia se notabilizou por ser a mais nova casa das comédias românticas, tanto as "Teens", quanto as mais tradicionais, algo muito comum principalmente na década de 80/90 onde tivemos verdadeiros clássicos como: Gatinhas e Gatões, Clube dos Cinco, Dirty Dance, Curtindo a vida adoidado, entre outros. Porém, a qualidade dos filmes da plataforma vermelha era um tanto quanto questionável, mesmo que com textos fraquíssimos e filmes sem muito investimento. Mesmo assim, tiveram um certo sucesso e lançaram ao mercado alguns bons atores/atrizes, assim como equipes de produção de modo geral.
Só que nesse momento, não só Netflix, a Amazon e grandes estúdios estão trazendo esse gênero da comédia romântica aos holofotes, seja nas telas do cinema, como os recentes" Que Horas eu Te Pego" e" Todos Menos Vocês", ou no streaming. Mas o diferencial em questão está na escolha do elenco - sem dúvidas, a aposta em grandes astros de Hollywood, tais quais como Jennifer Lawrence, Anne Hathaway, Glenn Powell, e agora Nicole Kidman e Zac Efron (Esse que está esplendoroso em seu ultimo filme, Garra de Ferro), estrelam essa nova adição de catálogo da Netflix, que, tem um enredo bem parecido com o longa da Amazon "Uma ideia de você".
Aqui encontramos um astro do cinema, interpretado por Zac Efron, que recentemente vem tendo problemas com o estúdio do seu novo filme, e pede auxílio a sua assistente Zara (Joey King), que contorne a situação com a diretora. Brooke (Kidman) é mãe de Zara e uma viúva que tenta retornar ao auge de sua carreira como escritora, porém tem de lidar com os dramas de sua filha, que odeia trabalhar para Chris Cole (Efron). Devido a algumas adversidades facilmente manipuladas pelo roteiro, temos o encontro de Cole e Zara, que se torna uma paixão avassaladora, típica dos filmes desse gênero.
Como comédia, esse filme em alguns momentos até que funciona, o carisma e esforço do elenco principal é notável, e olha que nem havia mencionado a veterana e de ótima filmografia Kathy Bates. Mas o texto e a direção estão muito abaixo, como é um filme de bom orçamento, ainda sim temos boas rodagens de ambientes, então tem um bom trabalho de direção de arte, mas nada que não seja padrão da indústria. Agora o romance, esse, sim, é bem fraco e pobre narrativamente, não que esperássemos uma trama cheia de reviravoltas, mas que pelo menos com um cuidado maior.
Fica a frustração pelo bom elenco que tem, uma trama até atraente, pois é sempre bom passear pelos estúdios de cinema, nada espetaculoso como o recente Babilônia, mas gostamos de nos agarrar ao que temos. Entre erros e acertos, "Tudo em Família", vale o Play, porém será mais um daqueles em que em poucas semanas você não lembrará de nada do que viu.
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